domingo, 25 de maio de 2008

Um tropeço das pequenas empresas, segundo Matheus.

Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro,S. Mateus 6,24.
Interessante como esse versículo da bíblia se mostra atual diante da falta de organização que hoje toma conta dos pequenos negócios.
Com a estabilidade econômica as pequenas empresas brasileiras vem experimentando um crescimento sem precedentes, contudo a empolgação causada pela maré alta tem provocado o desenvolvimento de empresas debilitadas por falta de um estrutura organizacional que possa sustentar esse crescimento.
A falta de planejamento estratégico das empresas não só as deixa a deriva no meio de um mercado cada dia mais profissionalizado, como cria internamente um clima organizacional totalmente desfavorável ao desenvolvimento devido a falta de uma visão, missão e objetivos bem definidos o que pode, principalmente entre os gestores do negócios, criar um cabo de guerra de várias pontas onde cada um puxa para um lado diferente, haja vista que até então não se sabe onde realmente a empresa quer chegar. Imagine um empresa onde se tem gerentes que não sabem exatamente onde a empresa quer chegar? Provavelmente essa situação criará uma guerra sem causa, onde a frase de ordem é "SALVE - SE QUEM PUDER!!!". Nesses casos a prioridade sempre será os objetivos individuais já que não há uma preocupação da empresa no alinhamento dos objetivos coletivos ou porque não dizer com os objetivos da empresa com a equipe que compõem o quadro da empresa.
Como não se pode definir onde está a causa do baixo desempenho gerencial as empresas se utilizam de um técnica chamada "I wall of the lamentations" seguida da "the managers crucifixion", mal sabem que a causa do problema está no sistema e não nos gerentes que por sua vez não tem muito a fazer a não ser impor o seu estilo de gerenciamento mesmo que aos olhos da empresa não seja o mais correto. E o que e pior a base da empresa é feita em cima de um alicerce de açúcar afinal se a gerência não sabe o que fazer, imagine os responsáveis pela operação inflados de perguntas sem respostas do tipo: Qual a minha missão na empresa? Do que realmente sou cobrado? Será que estou atendendo as necessidades da empresa? A quem devo me reportar? Porque sou tão desmotivado? Opa, porque fui demitido? Resumindo, estou certo ou errado?

Essas perguntas só serão respondidas quando as empresas entenderem que, sem a primícia da Administração de empresa que é planejar, organizar, dirigir e controlar não forem tratadas como a base da gestão de negócios a empresa sempre estará a deriva sem saber onde quer chegar, e o que é pior sem saber onde vai chegar a merce de um carrasco impiedoso que é o mercado.
Portanto no cenário favorável com o que nos encontramos hoje, convido cada empreendedor, empresário,gerente e acadêmico de administração a meditar sobre o evangelho de S. Matheus, "Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro" . Ou seja, em quanto servimos o amadorismo, ao só tão famoso felling e a velocidade sem qualidade desprezaremos o planejamento estratégico que bem elaborado e implementando é hoje a chave do sucesso empresarial.
Apesar do crescimento essas empresas nunca experimentaram o sentido essencial da palavra desenvolvimento, ou seja, correm o risco de a qualquer minuto serem atingidos por uma "bomb market", e o crescimento que hora ilusoriamente achou ter conseguido ir parar no fundo do mais vermelho dos oceanos.

Sendo assim caros amigos pergunto - lhes, qual senhor vocês querem seguir?